"Perdoar...ou não perdoar?
Quem muito ama, muito perdoa! É preciso amar incondicionalmente para ter a capacidade de perdoar.
Mas também é verdade que ao perdoar estamos a fazer o bem a nós próprios. Porquê?
Porque o maior beneficiado somos nós, porque reter mágoas só nos faz sofrer ainda mais e ao praticar o perdão estamos a libertar o corpo e a alma de um veneno mortal.
Ninguém está livre das setas da mágoa, no entanto, podemos optar por mantê-las e deixá-las infectar todo o nosso corpo, ou agir como um soldado corajoso que foi atingido na guerra. A dor de tirar a seta do seu corpo deve ser insuportável, mas ele sabe que se não o fizer poderá morrer, assim sendo, tira a seta, desinfecta a ferida que levará algum tempo a sarar, mas sabe que ao fazê-lo salvou a sua própria vida. Assim é com a mágoa, se não tirar esse sentimento de dentro de si, vai adoecer a sua alma.
Perdoar é das coisas mais difíceis para o ser humano, pois por vezes o orgulho e a mágoa dizem-nos que estamos certos e que não devemos perdoar. Engolir o orgulho e esquecer o mal que alguém que nos fez não é fácil, aliás, nada fácil, por isso além do amor é preciso também ter muita coragem para praticar o perdão e arrancar a mágoa de dentro de si.
Seja forte e perdoe... o perdão é como um bálsamo cicatrizante. Será mais feliz, pois ao perdoar está a amar-se a si próprio também. Porquê? Porque está a cuidar do seu coração, da sua alma, libertando-se das setas inflamadas da mágoa e do veneno mortal do ódio.
Não é fácil, mas lembre-se que perdoar é um ato de coragem que só os fortes entendem!"
- Celeste Martins
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